No inicio da colonização
do Brasil, o Espírito Santo recebeu imigrantes de diversas partes da Europa,
principalmente da Alemanha e da Itália que, junto com os portugueses, africanos
e indígenas aqui residentes deram os traços principais da cultura capixaba; e é
sobre essa imigração de europeus que iremos falar nesse blog.
Mas por que esses imigrantes decidiram vir para
o Brasil?
Pois na Europa ocorriam
revoltas populares que visavam à unificação dos países que constituem hoje a
Itália e a Alemanha. Estas guerras de unificação e o estabelecimento de um novo
Estado geraram um grande empobrecimento, causando fome e falta de emprego à
população pobre, mais notadamente a camponesa, esta situação, somada ao desejo
de se conseguir riqueza fácil e farta, fez ocorrer uma emigração em massa de
suas populações a outros países, onde até se ofereciam aos aventureiros lotes
de terras tornando-os pequenos proprietários rurais. No Espirito Santo duas cidades foram particularmente consideradas
para essas imigrações: Domingos Martins, marcada pela colonização alemã, e
Santa Teresa, que guarda o cunho dos imigrantes italianos; em ambas as
localidades constatam-se hoje tendências de valorização do passado imigratório.
Vamos falar um pouco sobre essas cidades e essas colonizações especificamente abaixo.
Imigrantes
alemães em Domingos Martins:
A partir de meados do século XIX, a região foi colonizada por
alemães, pomeranos e italianos, que deixaram a Europa para começar uma vida
nova no Brasil. Os primeiros a chegar foram os alemães, em 1847, quando
fundaram em Santa Isabel(que passou a denominar-se Domingos Martins, em
homenagem ao herói capixaba Domingos José Martins), a primeira colônia alemã no
Espírito Santo. O grupo era formado por 39 famílias, sendo 23 católicas e 16
luteranas, vindas da região montanhosa na Prússia Renana, das cidades de
Koblenz, Lötzbeuren e Traben-Trarbach.
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Alguns dos traços deixados pelos imigrantes
alemães foram:
A culinária, que
dos alemães podemos citar o chucrutes, geleias, biscoitos caseiros, café
colonial e o brot (pão caseiro).
As festas como, por exemplo, festa do morango e a Sommerfest.
Imigrantes
italianos em Santa Teresa:
É reconhecida como a
primeira cidade fundada por imigrantes italianos no Brasil. A história de Santa
Teresa começa em 1875, quando chegaram os primeiros imigrantes italianos,
trazidos pela Expedição Tabachi. O objetivo, ao se localizarem para além de
Santa Leopoldina, em uma região de montanhas, era não ter contato com o regime
escravagista, já agonizando. Os colonos
dedicavam-se a agricultura, tendo de início, a cultura do café, cereais, de
videira e do bicho da seda. Mas a cultura que se desenvolveu de fato foi a do
café, que perdura até hoje como principal produto agrícola da região. A pequena vila rapidamente se desenvolveu e já em 1891 foi criado e
instalado o município de Santa Teresa. Em 1895 foram criadas a comarca e a
paróquia. Em 1995 foi desmembrado o distrito de São Roque do Canaã, dando
origem a um novo município.
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Alguns dos traços deixados pelos imigrantes
italianos foram:
A culinária que dos italianos podemos citar o temos o ministroni, anholini,
tortei, sopa, pavese, risoto, e a famosa polenta.
As festas do imigrante italiano, festival sabor dos imigrantes, festa
do vinho e da uva.
Curiosidades sobre as imigrações:
A herança europeia está
presente nas montanhas do interior do ES nas danças italianas, pomeranas,
alemãs, holandesas e polonesas que resistem e renovam-se. Elas foram
incorporadas à cultura popular capixaba e suas apresentações são demonstrações
de pura alegria.
Igrejas, casarios,
calçamentos guardam ainda marcas das influências destes povos. Os sítios
históricos de Muqui, Santa Leopoldina, São Pedro do Itabapoana, o casario do
Sítio do Porto de São Mateus e as tradições culturais de municípios como Santa
Tereza, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante entre outros compõem a
riqueza cultural e econômica do Estado.
A arquitetura colonial
secular e urbana, em Vitória está representada pelos sobradinhos geminados da
Rua José Marcelino, localizados atrás da Catedral Metropolitana na parte alta
da cidade. No bairro de Jucutuquara, a arquitetura rural do século XVIII
encontra um exemplar no casarão onde funciona o Museu Solar Monjardim, antiga
sede da Fazenda que pertenceu ao Barão de Monjardim. A defesa da entrada da
barra era feita por fortalezas como a de São Francisco Xavier em Vila Velha e a
Forte de São João ainda existentes.
Referencias:
http://www.santateresa.es.gov.br/
http://www.ape.es.gov.br/pdf/O%20Estado%20do%20Espirito%20Santo%20e%20a%20Imigracao%20Italiana.pdf
http://www.portalitalia.com.br/historia/es/comunidade_mapa_esvejamais.asp
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA96wAF/historia-espirito-santo
http://www.domingosmartins.com.br/historia_6.htm
http://midiacidada.org/santa-teresa-a-primeira-cidade-brasileira-fundada-por-imigrantes-italianos/
http://www.es.gov.br/Noticias/156752/circuitos-turisticos-destacam-diversidade-cultural-do-espirito-santo.htm




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