quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Imigrantes Europeus no Espírito Santo

No inicio da colonização do Brasil, o Espírito Santo recebeu imigrantes de diversas partes da Europa, principalmente da Alemanha e da Itália que, junto com os portugueses, africanos e indígenas aqui residentes deram os traços principais da cultura capixaba; e é sobre essa imigração de europeus que iremos falar nesse blog.


Mas por que esses imigrantes decidiram vir para o Brasil?
Pois na Europa ocorriam revoltas populares que visavam à unificação dos países que constituem hoje a Itália e a Alemanha. Estas guerras de unificação e o estabelecimento de um novo Estado geraram um grande empobrecimento, causando fome e falta de emprego à população pobre, mais notadamente a camponesa, esta situação, somada ao desejo de se conseguir riqueza fácil e farta, fez ocorrer uma emigração em massa de suas populações a outros países, onde até se ofereciam aos aventureiros lotes de terras tornando-os pequenos proprietários rurais. No Espirito Santo duas cidades foram particularmente consideradas para essas imigrações: Domingos Martins, marcada pela colonização alemã, e Santa Teresa, que guarda o cunho dos imigrantes italianos; em ambas as localidades constatam-se hoje tendências de valorização do passado imigratório. Vamos falar um pouco sobre essas cidades e essas colonizações especificamente abaixo.


Imigrantes alemães em Domingos Martins:
A partir de meados do século XIX, a região foi colonizada por alemães, pomeranos e italianos, que deixaram a Europa para começar uma vida nova no Brasil. Os primeiros a chegar foram os alemães, em 1847, quando fundaram em Santa Isabel(que passou a denominar-se Domingos Martins, em homenagem ao herói capixaba Domingos José Martins), a primeira colônia alemã no Espírito Santo. O grupo era formado por 39 famílias, sendo 23 católicas e 16 luteranas, vindas da região montanhosa na Prússia Renana, das cidades de Koblenz, Lötzbeuren e Traben-Trarbach.

·         Alguns dos traços deixados pelos imigrantes alemães foram:
A culinária, que dos alemães podemos citar o chucrutes, geleias, biscoitos caseiros, café colonial e o brot (pão caseiro).
As festas como, por exemplo, festa do morango e a Sommerfest.

Imigrantes italianos em Santa Teresa:
É reconhecida como a primeira cidade fundada por imigrantes italianos no Brasil. A história de Santa Teresa começa em 1875, quando chegaram os primeiros imigrantes italianos, trazidos pela Expedição Tabachi. O objetivo, ao se localizarem para além de Santa Leopoldina, em uma região de montanhas, era não ter contato com o regime escravagista, já agonizando.  Os colonos dedicavam-se a agricultura, tendo de início, a cultura do café, cereais, de videira e do bicho da seda. Mas a cultura que se desenvolveu de fato foi a do café, que perdura até hoje como principal produto agrícola da região. A pequena vila rapidamente se desenvolveu e já em 1891 foi criado e instalado o município de Santa Teresa. Em 1895 foram criadas a comarca e a paróquia. Em 1995 foi desmembrado o distrito de São Roque do Canaã, dando origem a um novo município.


·         Alguns dos traços deixados pelos imigrantes italianos foram:
A culinária que dos italianos podemos citar o temos o ministroni, anholini, tortei, sopa, pavese, risoto, e a famosa polenta.
As festas do imigrante italiano, festival sabor dos imigrantes, festa do vinho e da uva.



Curiosidades sobre as imigrações:
A herança europeia está presente nas montanhas do interior do ES nas danças italianas, pomeranas, alemãs, holandesas e polonesas que resistem e renovam-se. Elas foram incorporadas à cultura popular capixaba e suas apresentações são demonstrações de pura alegria.
Igrejas, casarios, calçamentos guardam ainda marcas das influências destes povos. Os sítios históricos de Muqui, Santa Leopoldina, São Pedro do Itabapoana, o casario do Sítio do Porto de São Mateus e as tradições culturais de municípios como Santa Tereza, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante entre outros compõem a riqueza cultural e econômica do Estado.
A arquitetura colonial secular e urbana, em Vitória está representada pelos sobradinhos geminados da Rua José Marcelino, localizados atrás da Catedral Metropolitana na parte alta da cidade. No bairro de Jucutuquara, a arquitetura rural do século XVIII encontra um exemplar no casarão onde funciona o Museu Solar Monjardim, antiga sede da Fazenda que pertenceu ao Barão de Monjardim. A defesa da entrada da barra era feita por fortalezas como a de São Francisco Xavier em Vila Velha e a Forte de São João ainda existentes.


Referencias:  

http://www.santateresa.es.gov.br/
http://www.ape.es.gov.br/pdf/O%20Estado%20do%20Espirito%20Santo%20e%20a%20Imigracao%20Italiana.pdf
http://www.portalitalia.com.br/historia/es/comunidade_mapa_esvejamais.asp
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA96wAF/historia-espirito-santo
http://www.domingosmartins.com.br/historia_6.htm
http://midiacidada.org/santa-teresa-a-primeira-cidade-brasileira-fundada-por-imigrantes-italianos/
http://www.es.gov.br/Noticias/156752/circuitos-turisticos-destacam-diversidade-cultural-do-espirito-santo.htm


Nenhum comentário:

Postar um comentário